Negros e arcanos
Deus, quando conto o que restam dos anos.
Sinto medo das sombras, perco vinte
Dos prantos já sou ouvinte
E testemunha dos danos.
Quem dera os golpes da morte serem enganos,
Serem algodão, leves penas
Arrastadas para longe por brisas serenas
Com seus véus negros e arcanos.
Receio dormir, não mais voltar do sono
Tenha piedade,benevolência
Do espirito que nem da própria vida dono
Ao poupar me dos gritos em condolência,
Sem ascender ao seu glorioso trono,
Iluminado por raios boreais oriundos da sua essência.