Verde claro,verde escuro
Verde que corteja o verde.
O cabelo da árvore, o vento assanha
Nos primeiro raio de luz que incide na montanha
De frente para o amor que dorme clandestino na rede.
Verde que corteja o verde.
Os raios de luz a pele, acastanha
Sob a vigilância do olho que acompanha,
Mas não pode vencer a barreira da parede.
O amor se concretiza no pequeno mundo
Verde claro, verde escuro
Sentimento que não vai à superfície, fica no fundo
Adormecido na rede de linho puro
E oferece a alma por mais um segundo
Para não se volatizar além das balizas do verde muro.
Inspirado em um trecho do poema "Romance Sonámbulo" do escritor espanhol Federico Garcia Lorca.