Verde claro,verde escuro

Verde que corteja o verde.

O cabelo da árvore, o vento assanha

Nos primeiro raio de luz que incide na montanha

De frente para o amor que dorme clandestino na rede.

Verde que corteja o verde.

Os raios de luz a pele, acastanha

Sob a vigilância do olho que acompanha,

Mas não pode vencer a barreira da parede.

O amor se concretiza no pequeno mundo

Verde claro, verde escuro

Sentimento que não vai à superfície, fica no fundo

Adormecido na rede de linho puro

E oferece a alma por mais um segundo

Para não se volatizar além das balizas do verde muro.

Inspirado em um trecho do poema "Romance Sonámbulo" do escritor espanhol Federico Garcia Lorca.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 22/03/2012
Reeditado em 28/03/2012
Código do texto: T3570118
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