Soneto do arrependimento
Nuvens que vendam o céu anilado
Deixem passar o raio de luz
Na manhã que o frio traduz
Em arrependimento que não tem passado.
Se eu pudesse contigo ter estado
Seria tantas vezes mais feliz
Na ausência da imensa cicatriz
Que nas manhãs abre e tem sangrado.
Eu tenho me torturado
Embaixo das cinzas nuvens
Clareadas pelos intensos raios que tem o céu cruzado.
Tremo com coração apertado
Pela a minha partida na manhã gelada e
Por não ter ficado ao seu lado.