FARPAS NO OLHAR

Com farpas proferidas pelo olhar,

perfuras esperanças e purezas...

Fagulha de teu ódio a deflagrar

severa guerra em fogos de rudezas...

Aos sais cristalizados de asperezas,

tu bebes, com teu fel, alheio mar...

Enquanto alheio mar te rói cruezas,

tu privas seu preciso navegar...

Assim, não se desvendam as paragens

de vívidas, belíssimas paisagens

perdidas em distâncias do existir...

E tu, com tuas farpas, cegas seres...

Banindo-lhes percursos e cresceres,

entrevas, preconceito, o audaz porvir!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 21/03/2012
Reeditado em 21/03/2012
Código do texto: T3566685
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