Soneto do amor finado
Ó lua alteza,
Majestade no ar,
Iluminadora da madrugada que esta à velar
E que não vê sua beleza.
Sou filha da tristeza
Não tenho olhos, tenho choro
Que é da tísica madrugada, o soro
Quando vem a solidão e evidencia a minha fraqueza.
Fiz nada, fiz tudo
Do amor finado sou vitima,
Ó lua de brilho mudo
Que suspira aí em cima
Nas madrugadas que meu choro soa surdo
E o meu soneto canta triste a rima.