“CARCOMIDO”
Quando findar a minha aurora,
Ó morte, o que dirás a mim?
-É chegado o teu fim,
É chegada a tua hora!
Que seja sem demora,
Certeira, então, logo me mate,
A vida que em meu peito bate
Pare. A alma que em meu corpo mora...
Agora livre, deixe esta tapera,
Voe a Deus que a espera
Na sua eterna mansão celestial...
A bicheira que todo corpo infesta
Na minha carne aguarda fazer a festa,
Terminado, assim, meu funeral.