“CARCOMIDO”

Quando findar a minha aurora,

Ó morte, o que dirás a mim?

-É chegado o teu fim,

É chegada a tua hora!

Que seja sem demora,

Certeira, então, logo me mate,

A vida que em meu peito bate

Pare. A alma que em meu corpo mora...

Agora livre, deixe esta tapera,

Voe a Deus que a espera

Na sua eterna mansão celestial...

A bicheira que todo corpo infesta

Na minha carne aguarda fazer a festa,

Terminado, assim, meu funeral.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 19/03/2012
Código do texto: T3563091
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