Soneto das horas ciganas
Não sabes o quanto te quero,
Amor de minha vida,
Razão da minha vinda,
Nas horas ciganas que te espero.
Na sua falta me desespero,
Esta perto, mas fora do alcance
Nas noites de lua sem nuance
Na eternal obscuridão ao qual refrigero.
Seus olhos já não trazem o riso
Dos que amam
E adentram as partes do paraíso,
Pois não me chamam
Por serem imprecisos
Ai, destes negros olhos e dos meus que se derramam.