Foz

Extinção que prende ao sonho,

Cala a voz

No limite do seu foz

Com um lacre medonho.

A vida ganha tom tristonho

Maquiada de luto

Ao abortar mais um fruto

Levado por um vulto cegonho.

Não tem hora marcada,

O dia veste noite,

Com mitigadas flores,

Que se Fecham no canto na sacada.

Sem as lágrimas da amada levam o açoite,

Partem junto para sonhar na foz da morte e seus temores.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 16/03/2012
Reeditado em 01/05/2012
Código do texto: T3558214
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