Foz
Extinção que prende ao sonho,
Cala a voz
No limite do seu foz
Com um lacre medonho.
A vida ganha tom tristonho
Maquiada de luto
Ao abortar mais um fruto
Levado por um vulto cegonho.
Não tem hora marcada,
O dia veste noite,
Com mitigadas flores,
Que se Fecham no canto na sacada.
Sem as lágrimas da amada levam o açoite,
Partem junto para sonhar na foz da morte e seus temores.