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POESIA
Odir Milanez


Eu te busquei na brisa, quando moço,
para dizer-te d’alma essa estesia
que me invadiu de versos - cada esboço
abençoando o amor de cada dia.

Eu te busquei no orvalho, quando o fosso
dos amores morrentes me prendia,
levando a minha alma ao fim do poço,
a se fadar do mar da fantasia

Buscar-te-ia, agora, no sol posto,
quando há rios de rugas no meu rosto,
quando a falta de sonhos me atrofia.

Mas, poesia, por ti perdi o gosto.
Deitado nos desvãos do meu desgosto,
não te procuro mais. Jamais, poesia!

JPessoa/PB
15.03.2012
oklima


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Sou somente um escriba que escuta a voz do vento e o versa versos d'amor...
oklima
Enviado por oklima em 15/03/2012
Reeditado em 15/03/2012
Código do texto: T3556706
Classificação de conteúdo: seguro
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