AMOR E ROSAS RUBRAS.
Desculpa que utilize este soneto, amiga,
Para te festejar o reino natalício.
Só isto ainda sei. E é meu castigo e vício,
Ou é a ilusão de ser, a fé que ampara e abriga...
Já não sou o João que planta, aduba e irriga.
A semente não nasce... Acurvo-me ao suplício
De imaginar que sou... Ridículo este vicio
De me pensar poeta e amado... Arde e castiga!
Quero-te flores, festa, amor e rosas rubras,
O mais suave sonho... E que de céus te cubras,
Das puríssimas bênçãos, do real sucesso.
05.07.08.
Se pudesse, de mim, te oferecer o todo,
Do que te é precioso, iria, como um doudo,
Asas próprias voando eu mesmo, anjo em recesso...