Quando o céu escurece
Autores: Roberto Felipe, Vitor Mendes e Leandro de Souza
Quando o céu escurece, o tom medonho
Do sinistro torpor do medo exala
Exaspero encontrado em cada fala:
Cada gesto, um segredo, um grito, um sonho...
Eu sigo tateando neste breu...
Por uma densa mata é que eu me embrenho...
Nem a lua por guia às vezes tenho...
Nem a luz de um olhar que já foi meu...
E, no assombro das trevas, eu caminho.
Temo tudo e prossigo em desalinho.
Sou do medo um refém, da noite um réu.
Ao olhar sem esperanças para o céu
Ninguém eu vejo. Sigo, então, sozinho.
Caminho sem destino rumo ao léu.