“TRICOTOMIA”
Quando eu virar defunto
Não quero sepultamento
Pode deixar-me ao vento
Para servir de transunto.
Desça um urubu asçunto
Minha carcaça devore
E que por mim ninguém ore
E, nem de mim chegue junto.
Deixe-me à chuva e ao sol,
Da aurora ao arrebol
Seja o micróbio meu algoz...
Deixo assim, hoje, escrito:
Diga minh’alma ao meu espírito,
Daquele corpo, enfim sós.