MEU CHÃO
Corcel aprisionado em tuas celas,
sentindo teu calor de sóis ardentes,
feliz, cavalgo a saltos mui potentes
em torno dos limites teus, cautelas...
Mas sangro com as farpas entre dentes,
se tu me faltas para abrir janelas,
se não me vens para acender as velas
das energias minhas, tão dormentes.
Cativo assaz liberto e à mercê
de tua flor de luz, condões, poesias,
cinzelo em tua vida meu porquê...
Preciso deste teu celeste olhar...
De tua boca me ditando os dias...
Preciso de teu chão pra caminhar...