MEU CHÃO

Corcel aprisionado em tuas celas,

sentindo teu calor de sóis ardentes,

feliz, cavalgo a saltos mui potentes

em torno dos limites teus, cautelas...

Mas sangro com as farpas entre dentes,

se tu me faltas para abrir janelas,

se não me vens para acender as velas

das energias minhas, tão dormentes.

Cativo assaz liberto e à mercê

de tua flor de luz, condões, poesias,

cinzelo em tua vida meu porquê...

Preciso deste teu celeste olhar...

De tua boca me ditando os dias...

Preciso de teu chão pra caminhar...

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 16/02/2012
Código do texto: T3502489
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.