AGITAÇÃO NOTURNA

Ah! Quando cai a noite em céu urbano,

Sobre o atro manto que tolda sobre as casas,

Os reboliços: um alarido vem de dano em dano;

De bares em bares vem arder em brasas.

Da luz dos postes usufruem, como humano,

Mariposas, enlouquecidas, despedaçam as asas

Da liberdade, embebedando-se em puro engano,

Pois desordeiros se afogaram em noites rasas.

O típico silêncio da noite, o descansadeiro,

É palco da balbúrdia e da inquietação

Que invade a alma de um arruaceiro.

Na noite virgem que perscruta a escuridão,

Lá fora pode se ouvir tanto berreiro,

E eu me confinando em solidão.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 13/02/2012
Reeditado em 21/03/2018
Código do texto: T3497086
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