A VALSA DO CÉU E DO INFERNO
Dentro de todo peito eu creio, há a dança
De um coração com a tal dona morte!
Como ser digno na valsa da sorte,
Se nele não houver uma esperança?
Estes arrepios são apenas medos...
Há! Mas, de certo que há uma saída,
Pois, desta tua vida que construída,
vós não levas nada..., só teus segredos!
Em tesouro da tua alma é o que te basta,
Entre esta passagem e a chegada ao céu.
E é pra lá que essa tal dança te arrasta...,
...A cobrir-te em glória de um santo véu...,
...Se a valsa não virar luta nefasta,
E irdes ao inferno, queimar num fogaréu!