Soneto miserável

No prato alguns grãos de arroz

O rosto meio amargurado

Na tristeza de tudo acabado

Com medo do que venha depois

Estes eram os últimos grãos que tinha para comer

A seca acabou com tudo o que possuía

Seu corpo então já percebia

Que restava pouco tempo para se viver

A poeira dizia em prantos

Que nem agüentava aquele calor

E os mortos debaixo de seus mantos

Refletiam da terra o seu sabor

Pedindo a todos os santos

Que os livre desta dor.

Jhunnyor
Enviado por Jhunnyor em 06/02/2012
Código do texto: T3483475
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