EM MEU VIVO VAGAR MORTO
Fatigada, a alma minha se encolhia,
E eu a aliviava dos nevoeiros frios;
Abria em pecado - portas que eu escolhia,
Sinistra brisa invadia meus cegos brios...
Amparando-me gemia-me um vulto;
De entre tantos mártires peregrinos,
Que estes a seguir seria eu um estulto,
E eu assim o era na crendice dos destinos.
A minha boca ali se arreganhava,
Dando então risadas de desconforto,
Pra minha mente solta na loucura!
A tais cruzes a morte já me enlutava,
Qual ferida aberta seria eu um morto,
Na amargurada noite em sepultura!