DOR PROFUNDA

Deus, por favor, perdoe-me, lhe imploro!

Pela angústia que trago no peito...

Por dias, entristeço e também choro;

Não há mais lugar que sirva de leito...,

...Aonde possa infeliz me consolar.

Vejo na fria sina as decepções

Das quais vontades vêm, de me matar,

Por minha mente - ter tais aflições.

Perdoei-me ó Deus, por profunda dor,

Que só eu, sinto o travo que me traz.

Em mortalha, o doente pecador...,

...Que d’um túmulo arguido já se faz,

Ver a justiça paga com o horror,

Num morto não sepulto, sem ter paz!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 03/02/2012
Reeditado em 21/09/2019
Código do texto: T3477403
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