A REVOLTA DAS PRAGAS

Entre desilusões que sempre vivo,

Aprendo muito mais da falsidade,

Onde pregos na sua boca eu crivo

Para portas fechar da crueldade!

O que encontro hoje aqui é tão doente,

Nem na vida do poeta tem mais viço,

É a ilusão da mente, em densamente

Tomar-me de loucura, que lhe atiço...,

...Derrubando portões d’um negro céu,

Pra devolver-lhe as pragas tão malditas

Que me deste, a virar neste vil réu!

Lanço-te fogo em lápides escritas,

Que é a tristeza em luto desse véu,

Para queimar as pestes que me ditas!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 28/01/2012
Reeditado em 06/08/2019
Código do texto: T3467311
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