POR OUTRO PRISMA
De toda esta vida, vi em meus amores,
Somente ilusão e nada de esteio,
Não houve futuro...só houve dores,
Quanto mais conheci...mais vi enleio.
E já a mocidade se vai, também as flores,
Só me restam pela frente o receio
De não ver mais na vida as suas cores
E no lugar do belo só ver o feio.
Pois inda me resta um pouco a juventude,
Mas nas minhas veias, esta plenitude,
Chegou mais tarde do que eu esperava.
Quem sabe se meus olhos, depois idosos,
Para que vejam, logo, quão formosos
São os olhos de quem antes eu desprezava.
(YEHORAM)