ABANDONADO AO VENTO
Mais forte que esse vento que me corta,
Como a fria saudade mais sofrida,
Sem abrigo nenhum, nem uma porta,
É o deserdar de mim, da minha vida,
...Que se encontra a um passo da loucura,
Beirando os sete palmos de uma cova!
Posso esperar salvar-me na escritura
De Deus..., se esta atitude ele reprova?
Tens piedade, se desejo a morte
Ó Senhor! Mesmo em lânguida carência,
Minha carne em pecado que à suporte,
...Pois cheguei a pedir para ela urgência,
Onde o abuso me foi muito mais forte,
E ali mesmo morri, sem ter clemência!
Eduardo Eugênio Batista
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