ABANDONADO AO VENTO

Mais forte que esse vento que me corta,

Como a fria saudade mais sofrida,

Sem abrigo nenhum, nem uma porta,

É o deserdar de mim, da minha vida,

...Que se encontra a um passo da loucura,

Beirando os sete palmos de uma cova!

Posso esperar salvar-me na escritura

De Deus..., se esta atitude ele reprova?

Tens piedade, se desejo a morte

Ó Senhor! Mesmo em lânguida carência,

Minha carne em pecado que à suporte,

...Pois cheguei a pedir para ela urgência,

Onde o abuso me foi muito mais forte,

E ali mesmo morri, sem ter clemência!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 26/01/2012
Reeditado em 06/08/2019
Código do texto: T3462084
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