SABES
SABES
Sabes que é de ti que falo
E de ti que me aflige a saudade
De ti é o vazio que me invade
E sabes que é por ti que calo
Sabes que é por querer preservar-te
Que recolho-me discreto e triste
Que finjo que o amor não existe
E sabes que é por muito amar-te
Sabes bem que por mais não fora
Que eu andara assim reprimido
A ti buscara resoluto, impávido...
E de teu seio todo o néctar sorvera
Saciando a sede do amor contido
Mas que sabes ser vívido e ávido!
Leopoldina, MG, 09 de outubro de 2004.