ENCONTRO
Olho o mar encontrando com a lívida lua,
Ao cair da noite, rútila, dum manto constelado,
Um negro azul sombrio onda de pele crua
Ostentando o quanto D´us estava inspirado.
Até o vento brando, quando a minha pele sua,
Conspira nesta noite e me deixa deslumbrado,
Refrescando-me, brandamente insinua
Que o encanto desta noite nos foi dado.
Pois tudo está urdido, amor, para nós dois,
Vamos deixar as rixas para depois
Que se unam os nossos corpos neste fado.
Nesta imperativa ação da natureza
Que nos impele um para outro com destreza,
Deixemos o nosso orgulho d´outro lado.
(YEHORAM)