Soneto submisso

Querendo ter noções ostensivas de um nada

Em singela precariedade imortalizada

Fugas na honra de uma promessa feita

No sonho lunático da sinfonia perfeita

Seu cabelo desalinhando no efêmero vento

Nos passos curtos de um doce lamento

Muda-se a cor para se alcançar o além

Adormece na escuridão sofrendo por alguém

Ruas que vão a lugar nenhum

Vielas obscuras e engrandecidas pela dor

Paredes intocáveis na vastidão do inverno

Seixos estragam o não velado algum

Beijo a face de um anjo entorpecedor

Que me deixou no sôfrego amor eterno.

Jhunnyor
Enviado por Jhunnyor em 22/01/2012
Código do texto: T3455676
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