Soneto ao mestre Guimarães Rosa
A primeira palavra escrita, nonada
Seria um tudo para uma visita
Pois seu anfitrião não grita
Numa narração não acabada
Mas Riobaldo não pára de falar
Suas memórias tropeçam nas veredas do ir embora
E se levantam refletindo no agora
Sem saber aonde se extraviar
No fim os jagunços tremendo
A guerra era só para quem queria
E a pólvora foi ao sangue absorvendo
No tudo Zé Bebelo se delicia
Na morte que Diadorim morre morrendo
E na última palavra escrita, travessia.