Soneto ao mestre Guimarães Rosa

A primeira palavra escrita, nonada

Seria um tudo para uma visita

Pois seu anfitrião não grita

Numa narração não acabada

Mas Riobaldo não pára de falar

Suas memórias tropeçam nas veredas do ir embora

E se levantam refletindo no agora

Sem saber aonde se extraviar

No fim os jagunços tremendo

A guerra era só para quem queria

E a pólvora foi ao sangue absorvendo

No tudo Zé Bebelo se delicia

Na morte que Diadorim morre morrendo

E na última palavra escrita, travessia.

Jhunnyor
Enviado por Jhunnyor em 18/01/2012
Código do texto: T3447523
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