Poeta Ornitorrinco
Ornitorrinco por certo eu sou
Um ser estranho criado aos pedaços
Como um Frankenstein vindo do Parnaso
Cosendo versos com penas de grou
Desses retalhos que o tempo deixou
Cirzo a poesia com linhas de aço
Desenho e forma com as linhas eu traço
Uno a magia que ainda restou
Ornitorrinco é este poeta
Um ser tão real e tão intangível
Que mais parece ser uma quimera
Quando a inspiração no peito desperta
Vem com a força tamanha e incrível
Qual uma aurora numa primavera
Ornitorrinco, o três em um: réptil, pássaro e mamífero
A espécie de 40 cm de comprimento faz parte da família dos monotremados:
a fêmea produz leite para alimentar os filhotes e são ovíparos.
Sua pele é adaptada à vida na água e o macho possui um veneno comparável ao das serpentes.
É uma verdadeira charada ambulante. Tem quatro patas, um bico e dentes quando é pequeno.
É peludo, mas as patas dianteiras são como asas. As traseiras têm esporões venenosos.
Bota ovos, choca-os e depois amamenta os filhotes. É o ornitorrinco.
Durante um século após sua descoberta, os cientistas quebraram a cabeça
pensando em um modo de classificá-lo como um mamífero numa ordem especial,
a dos Monotremados.
O ornitorrinco vive na Austrália e na Tasmâmia, às margens dos rios e banhados.