A GUEIXA E A CEREJA
Jorge Linhaça
Sob o quimono de seda , macio,
doce mistério a ser desvendado:
Aquele umbigo, agora adornado,
tendo a cereja por seu atavio.
Sonho e mistério no corpo da gueixa
na sutileza dos seus movimentos
fogo que aquece o corpo em tormentos
e abismada a alma nos deixa.
Já cai por terra o seu samurai
rendido à força dos seus mil encantos
Rubra cereja que em mel se esvai
tingindo de cor secretos recantos.
A gueixa do amor, razão dos seus ais,
fruta madura , razão dos seus cantos.
Arandú. 17 de fevereiro de 2009