REBELDIA
Ouço o clamor e paro mais um verso...
São bichos bravos de coleiras frouxas,
vão embalados pelas linhas coxas,
equilibrando-se em sentido inverso.
Cambaleando nas soleiras tortas,
os tais danados saem aos tropeços...
Vão devorando os doidos adereços,
escancarando assaz maciças portas.
Querem ser livres, versos tão libertos...
Esses rebeldes filhos me rechaçam
e de poesias plenos, se encachaçam...
Querem traçar os próprios fins incertos...
E me entregando os frutos da loucura,
esperam, mansos, minha assinatura...
(Primeira publicação em 01 de setembro de 2011)