CONTENDAS
Intransigências e atitudes vis, nefandas
de prepotências, violento desviver,
féis que envenenam ser humano nas demandas
tolas, vazias, mutilando o conviver.
Oh, quão insano é machucar-se em vãs contendas,
cada oponente com verdade a desfilar
e massacrando outra verdade em reprimendas,
jogo infeliz, brutal vaidade a esvoaçar.
E a benquerença escorre ao chão se descompondo...
E as diferenças em combate, em torpe embondo...
E a luz começa, pouco a pouco, a se extinguir...
Fino punhal da intolerância crava fundo
na jugular da incoerência, sangue imundo.
Ai, que vergonha! Quando vamos progredir?
(Primeira publicação em 27 de dezembro de 2010)