CONTENDAS

Intransigências e atitudes vis, nefandas

de prepotências, violento desviver,

féis que envenenam ser humano nas demandas

tolas, vazias, mutilando o conviver.

Oh, quão insano é machucar-se em vãs contendas,

cada oponente com verdade a desfilar

e massacrando outra verdade em reprimendas,

jogo infeliz, brutal vaidade a esvoaçar.

E a benquerença escorre ao chão se descompondo...

E as diferenças em combate, em torpe embondo...

E a luz começa, pouco a pouco, a se extinguir...

Fino punhal da intolerância crava fundo

na jugular da incoerência, sangue imundo.

Ai, que vergonha! Quando vamos progredir?

(Primeira publicação em 27 de dezembro de 2010)

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 05/01/2012
Código do texto: T3423394
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