OMISSA
Não sei porquê a mim não declaraste
O amor que tu me tinhas em sobejo
E assim no mais profundo o guardaste,
Calado, plangitivo, o coração latejo.
Enquanto o meu amor tu escutaste,
Todos os dias viste o meu desejo,
Por mais que tu de mim o ocultaste,
Eu revelava tudo em um só beijo.
A boca fala de abundoso coração
As coisas que nele transitam sem parar,
As coisas referentes a paixão.
Mas se calaste frente a um sentimento
De tamanha relevância que é o amar,
Que abalem as estruturas do firmamento!
(YEHORAM)