SÓ
Eis-me aqui, estou só. Espanto!
Em cada dúvida, a cada gesto e cada olhar
Abalroado de idéias, a pensar
Sozinho, entrego-me ao desencanto.
Mesmo em meio à família “Serejo”
Tanto barulho, idéias trocadas e animação
Fala-se muito, ouve-se pouco, a solidão
Mais uma vez, em minh’alma a vejo.
A síndrome de tal descontentamento
Joga-me ao fosso, ao desalento
Contido num mundo de ilusão.
Só não me acho só, na convivência
Entre mim e ela, a consciência
Fiel parceira do coração.