“RESURGIMENTO”
Minha meninice inflorescência,
Peito nu, pés no chão... Inocência!
Hoje, eu miro a dissolvência
Da minha elevada corpulência.
Finda a minha tão veloz existência.
Numa galeria funda... Minha querência,
Os micróbios sem nenhuma reverência,
Minha carne comem sem resistência.
E eu, dos meus, na mui esquecência,
Sem sombra, sem traço, acabou-se a essência!
Mas de Deus a sua sublime providência...
Que me formou para a sua descendência
Abre a terra e minh’alma em florescência
Surge e vai habitar com Deus na sua residência.