“RESURGIMENTO”

Minha meninice inflorescência,

Peito nu, pés no chão... Inocência!

Hoje, eu miro a dissolvência

Da minha elevada corpulência.

Finda a minha tão veloz existência.

Numa galeria funda... Minha querência,

Os micróbios sem nenhuma reverência,

Minha carne comem sem resistência.

E eu, dos meus, na mui esquecência,

Sem sombra, sem traço, acabou-se a essência!

Mas de Deus a sua sublime providência...

Que me formou para a sua descendência

Abre a terra e minh’alma em florescência

Surge e vai habitar com Deus na sua residência.

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 13/12/2011
Reeditado em 13/12/2011
Código do texto: T3387084
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