ALCOOLISMO
O que faz de ti mais vivo que esta pedra,
Ó ébrio que vives escorado num balcão?
Digo que o tempo é para ti só uma questão,
De logo estares ao chão de medra em medra.
E este copo em tua mão criando hedra,
Enquanto a esposa apalpa a escuridão,
Por não pagares a conta, um apagão,
Tu foste de poste em poste, platiedra!
Mas se ficares neste teu vil abandono,
De ti e de teu lar, eu desabono...
Os teus tortos caminhos serão de morte.
Pois hás de chegar em casa algum dia
E não verás ninguém, só u´a bruma vazia,
Porque partirão teus filhos e tua consorte.
(YEHORAM)