ODALISCA
Tu és alma que carrega áurea sombria,
Que veio em minha vida como sopro da morte,
O teu beijo tinha gosto de fel e ambrosia;
O teu belo corpo serpenteia a má sorte.
De sortilégios me envolveste e de magia,
Como uma bruxa, como a bruxa do norte,
O meu amor era quebranto e agonia,
Mas alguma coisa em mim foi mais forte.
Odalisca do vale do deserto, do além,
Da sombra da morte; melifluis o desdém,
Para a tua vítima, ó minha algoz!
Fez balouçar teu ventre como os camelos,
Para meus pensamentos, por a perdê-los,
Mas sobrevivi ao teu encanto atroz.
(YEHORAM)