EXILADO DE AMOR
EXILADO DE AMOR
Eu sinto o meu coração tão exilado
Do teu, e a derramar meu pranto,
Por este sentimento imaculado
Ter se perdido em algum canto.
E de pensar viver neste passado,
Refém do amor, deste encanto,
Por tua doçura ter me amarrado
Nas fímbrias deste púrpuro manto.
Vou aderido espectro obcecado,
Pelas lembranças boas ao teu lado,
Eu luto mas não me liberto.
E quedo, então, imoto nesta inútil luta
Por ver tua face meiga e impoluta,
Como dantes eu via tão de perto.
(YEHORAM)