A ESPERA

Não satisfaço-me com esta distância,

Nem me conformo, eu, co´esta clausura,

Que me infarta alma de amargura,

Quer me tirar do desejo a importância.

E nesta tua tão vaga dissonância,

De tanto cuidar da tua vida futura,

Esqueces, que dela, teremos maior ventura,

Sem que caiamos, dela, na ignorância.

E quanto a mim que vivo nesta espera,

Da tua realização, da oportunidade,

Terei de esperar por outra primavera?

E mesmo que meu coração por vontade

Aguente tanto tempo e viva nesta esfera,

Não resistirei tanta contrariedade.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 01/12/2011
Reeditado em 20/06/2014
Código do texto: T3366101
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