RECORDAÇÃO DOS DIAS BONS
Despertei na aurora, sob a luz bem cedo,
Num longo silente - romper matinal,
O casto fulgor que chegara em segredo
Revelando o fragor da manhã glacial.
As aves soturnas parecem ter medo,
Pois não ouço mais da vida o sinal
Que configura no peito degredo
Da natureza chegando ao final.
Deitado em meu leito, uma brisa fria,
De lúgubre toque sobre mim percorria,
E o sono despedia-se dos meus sonhos.
E ao levantar-me, numa saudação,
À mais um dia me imposto, à recordação
Dos ensolarados dias que nasciam risonhos.
(YEHORAM)