Tempo
Pra mim não és tão bonito assim
Não tão sábio
E ainda me enfeias
Com teu passar
E ainda me põe teu pesar
Mão de ferro a empurrar
Não me deixas voltar
Tampouco parar
És esse senhor tão autoritário
Que me deixa sempre na mão
De coração solitário
És esse senhor tão misterioso
Que me reservou a solidão
Como leito duvidoso