FLORESTA NEGRA
Hendecassílabo à Nilza Azzi, 5ª, 7ª e 11ª
“-Toque esse fuso, Aurora! Toque-o!”
És a mesma aurora augusta adormecida
Naquela floresta em volta do castelo
Sangue glacial manténs no dedo belo
Mácula infeliz deixando-te perdida
Amor e supremo medo: eis o duelo!
Cintila em mim uma lava corrompida
Pelas águas desta vida indefinida:
Morrer sem teu beijo, sempre ser donzelo!
E após enfrentar malévolos dragões
Gelo em calor na estrada: sensações...
Vasto mar de rosas, fúlgido horizonte...
Beijando a lascívia minha pura fronte
Naquela floresta, negro alvorecer,
Nos teus braços é que quero adormecer