O TEU POMAR
Ao cismar no teu pomar, tempos passados,
E refletir sobre meu engenho de filosofia,
Que não sei se vejo os sonhos mais sonhados
Contigo no pomar no fim do dia.
Erradia a luz dos meus tão açodados
Dias no teu pomar da harmonia,
Para completar desejos não acabados
E sanar, de vez, pungente agonia.
E precipitado, lanço-me com muito afã
Sobre a minha sorte e o amanhã
Clarear contente o amor e revelar.
Mas revelas nos teus olhos tristonhos,
Que o amor que me juraste em sonhos
Era tão ilusório quanto o teu pomar.
(YEHORAM)