Sem platéia
Eu tento achar alguém, mas essa dor antiga
Me mostra o sofrimento e até quando me encanto
E tento unir as forças, tento amar, no entanto
É em vão! Tudo parece que a sofrer me obriga.
Eu me afastei de todos. Tudo me castiga!
Percebo não fiz falta, e se fizesse um tanto,
Talvez, tivesse alguém para enxugar meu pranto
E em vez da solidão, alguma mão amiga
Mas, dessa condição ninguém não faz idéia:
Há muito sou ator, num palco sem platéia,
Há tempos sou um barco procurando o cais...
E tudo que já foi felicidade, é hoje extinto.
Se alguém se interessasse por como me sinto
De fato saberia que é triste demais.