A última réstia de luz do dia
Aquela luz lá encima é o ultimo raio,
Raio de sol refletido na janela
Mostrando-me uma lição singela
Os anos e vidas ainda passam em maio.
Silenciosamente a cidade ainda vive
Indiferente ao meu puro isolamento
Indiferente as janelas e lamentos.
Não importa o que a vida me prive.
O suspiro é a única voz e alento.
A solidão é a marca pura e certa.
Companheira fiel de atual tormento.
Na coletividade num quarto nas alturas.
Vejo longe a ultima réstia de luz
Que indiferente a dor banha as criaturas.