A BRISA DA NOITE
Enquanto a noite baforeja a brisa
Que invade a minh´alcova de mansinho
Trazendo um refrigério, um carinho,
Vento suave que minha pele alisa.
No céu escuro e lúgubre me frisa
Em trajes estivais no leito sozinho,
Sentindo a brisa num longo caminho
Que taciturna sobre mim repisa.
Já sinto mais semota a tua imagem
Desde que te deixar tive coragem,
Embora o meu coração quis o contrário.
No cair da noite a dor é mais ardente,
Quando à memória traz tudo tão quente
Sobre a cabeça de um ser solitário.
(YEHORAM)