Tem Ratos no Telhado
Ânsia medíocre que percorre sorrateira
Tem ratos no telhado que fogem sem mim.
Insistem na procura dum sim, de um sim...
Corre longe, foge alto, estribilho na ladeira.
Anda! Vai longe à estridente língua.
Beija as asas dessa dama d’água.
Para esquecer no azul toda a mágoa.
Voa corvo sem comida, a míngua.
No seu ultimo sopro vaza toda ânsia.
A chuva cai e as pedras são de gelo.
Chega longe, quebrando e rompendo distancia.
Crepitando a chama com o pingo d’água.
Que não apaga, não apaga, não apaga.
Treme a carne, treme carne, carne magoa.