Esvazie-se na música
Morreu um violão de sopro no coração,
Dançando repentinamente na ladeira,
Insinuando que a corda é estribeira,
Dilacera sonhos, se solta na marcação.
Feche os olhos para ouvir melhor,
Sem dó, ruídos e mil texturas,
Voou alto, correndo nas alturas.
Esvazia-se o que se tem de melhor.
E agora é só sola nesse abraço.
Violão chora a dor dos seus dedos,
Derrete a força que tem seu aço.
E agora o espaço ficou no discurso.
E se perdeu no caminho e achou
Som sem nota, sem frio e recurso.