VEJO O PASSADO...
Vejo o passado que para trás deixei,
Que as vezes cismava sobre a mocidade;
Por ver seu tempo curto, a puberdade,
Da preciosa juventude que chorei.
Mas sobre o leite que já derramei
Não vou mais chorar nesta idade,
E converterei o choro em alacridade,
Pelas marcas dos dias que viverei.
Se agora eu chorar, que seja um choro
Justo, e não por desaforo;
Que chore, eu, sobre uma sepultura.
Se me queixar que seja para algum bem,
e não seja a ermo, ou por ninguém,
Não por perder uma vã formosura.
(YEHORAM)