INSPIRADA EM:

Canção da Mata
Francisco Settineri

Nas matas onde enlevas, no momento,
És ninfa que passeia, bailarina,
Co’a lua, em par, como divertimento,
... Ao fundo, como flores na campina.

De louvores é cada paramento
E tudo o mais que esta canção ensina.
Coração em cordas, a flauta ao vento,
Leito de palha em trova fescenina,

Voam as borboletas e joaninhas.
Aqui meu corpo jaz, não tenho medo,
Enquanto no meu colo já te aninhas,

E eu rolo pela relva, quero cedo,
na tarde coalhada de andorinhas,
deitado em áurea paz, ser teu brinquedo.
 


Escrevi:


Brinquedo
Edir Pina de Barros
 
Ah! Se eu pudera tu serias meu brinquedo,
também  seria alegre e  etérea bailarina,
a tua borboleta leve e purpurina,
beijando esse teu  corpo, sem receio, medo.
 
Viver contigo um sonho intenso, leve e ledo,
pisando a verde relva, feito uma menina,
por entre as pequeninas flores da campina,
ouvindo os sabiás cantando no arvoredo.

Ai! Se eu pudera ouvir a voz da brisa e vento,
o doce e terno arrulho desses passarinhos,
e ver, na tua pele, raios de luar.
 
Seria muito bom brincar, deitar, rolar
perde-me nos teus braços, ter os teus carinhos,
na áurea paz poder sonhar, brincar e amar.
 
Brasília, 3 de Novembro de 2011.
Pura chama, pg. 75
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 03/11/2011
Reeditado em 18/04/2014
Código do texto: T3315128
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