"MINHA DECANTADA VIDA"
Misteriosa vida, elemento de sorte:
Nascer, crescer, e depois com tempo, a morte.
Quem me dera ser a exceção, de repente,
Revivendo aos quarenta, tornando adolescente!...
Um drama augusto saber já vividos
Dois terços de vida... meu coração está partido...
E nisto eu não quero, nem devo pensar.
O importante agora é saber aproveitar.
Transformar a fração em múltiplo de dois,
De três, quatro ou cinco; o resto é depois.
Reaprender é a razão, sem me tornar indeciso.
Agora tudo se soma, preocupar não preciso:
“Já plantei, gerei filhos... sou meu livro escrito...
Tenho esposa, pais e amigos... em Deus, eu acredito!...”
(ARO. 1990)
(Hoje, somos seis, com Ana Carolina e Arthur, meus netos)