"DE QUE VALE TUDO ISSO?"
De arma em punho, esse homem é um bicho;
É a fera indomável, e o semelhante é um lixo.
Ele não respeita as normas da comum sobrevivência,
Quebra as regras da vida e da necessária decência.
Amparado por uma arma, esse ser é superior.
Ele dá as ordens. Ele espelha o terror.
O semelhante ele humilha, coloca-o no chão.
Ele nega a doutrina de que esse lhe seja um irmão.
Protegido por uma arma, ele não estremece,
Pois ele é a própria frieza e nunca se enternece.
Ele se torna a besta do apocalipse personificado.
Com uma arma à mão, esse home é a fortaleza,
É sua real segurança, é a grande realeza...
Mas, sem a arma de companhia... ele é um pobre-coitado.
(ARO. 1993)