MÃE
Mãe querida, de impoluta alma e branda,
Já estás cansada desta vida malfadada!
Vejo em teus olhos a sombra desbotada
Duma triste história, duma coisa infanda!
Sei que o teu galardão não vem do mundo
E do que privaste a alma, vem a recompensa,
O anjo que te aguarda é duma paz imensa,
O que te reservaram é de valor profundo!
Mãe, que de mim cuidou na minha infância,
Me limpou sem nojo, não teve arrogância,
E me mostrou o caminho honesto.
Se agora o céu te chama para o descanso,
Sei que um bom lugar te aguarda e manso
E o céu te abraçará num ledo gesto.
(YEHORAM)